Dados do Trabalho
Título
Correção da síndrome do desfiladeiro torácico arterial: Abordagem cirúrgica com embolização de membro superior direito com oclusão.
Apresentação do Caso
Mulher, 15 anos, buscou emergência devido a dor em membro superior direito. Relatava estar a cerca de 6 meses sob investigação da dor com reumatologista, com piora no último mês, associada a dores e parestesia de 4º e 5º quirodáctilo. Exames físicos e Doppler indicaram embolização com possível trombo na artéria braquial. Angiografia e Angiotomografia revelaram desfiladeiro torácico com compressão de costela cervical. Três análises laboratoriais apresentaram resultados normais. Durante internação a paciente foi mantida com anticoagulação plena, proteção térmica do membro e alprostadil endovenoso por 14 dias, cursando com melhora parcial da perfusão de membro. Posteriormente, foi submetida à osteotomia de costela cervical e primeira costela, e em seguida, foi colocado um dreno de Blake. O procedimento decorreu sem intercorrências. Após procedimento paciente cursou com melhora da perfusão e do tempo de enchimento capilar, com movimentação de membro superior direito e pulsos distais presentes. Dessa maneira, foram passados: Xarelto 20 mg/dia, cuidado com curativo, retorno em três semanas para reavaliação.
Discussão
A síndrome do desfiladeiro torácico (SDT) é causada pela compressão de estruturas neurovasculares que servem o membro superior. Existem diferentes tipos de SDT, como neurogênica, venosa e arterial. Este caso aborda uma adolescente de 15 anos com SDTA, um achado raro nessa faixa etária. Os sintomas variam conforme o tipo de SDT, sendo que a apresentação arterial inclui dor, parestesia e alteração de temperatura no membro. A paciente apresentou uma diferenciação na apresentação clínica devido à microembolização.
Conclusão
A combinação de exames complementares, como angiotomografia, angiografia por ressonância magnética e Doppler, desempenhou um papel essencial na identificação e diagnóstico de uma embolização rara no membro superior direito associada à Síndrome do Desfiladeiro Torácico Arterial (SDTA). Assim, esses achados proporcionaram uma base sólida para o tratamento cirúrgico, que, alinhado com os resultados dos exames de imagem, revelou-se efetivo. Dessa maneira, a abordagem multimodal destacou a importância da integração precisa de recursos diagnósticos avançados na gestão bem-sucedida de casos complexos de SDTA.
Referências
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Área
Geral
Autores
Luiza Leonardi, Guilherme Ribeiro Neto, Lucas Sgrott Simão Flausino, Douglas Fernando Kunkel , Evandro Luiz Dupont