Dados do Trabalho
Título
ACOMPANHAMENTO COM ECODOPPLER ASSOCIADO AO CONTRASTE DE MICROBOLHAS E ANGIOTOMOGRAFIA APOS A CORREÇAO DE ANEURISMAS COMPLEXOS DA AORTA COM USO DE ENDOPROTESES RAMIFICADAS: ANALISE RETROSPECTIVA EM CENTRO DE REFERENCIA
Introdução
Pacientes submetidos ao Reparo Endovascular de Aneurisma (Endovascular Aneurysm Repair, EVAR) com endopróteses ramificadas necessitam de acompanhamento com exames de imagem para detecção de complicações. Isso é feito, geralmente, com a angiotomografia (angioTC). Contudo, esse exame apresenta limitações para sua realização. Desse modo, o Ecodoppler associado ao contraste de microbolhas (CMB) vem sendo utilizado e estudado como método alternativo no acompanhamento desses pacientes.
Objetivo
Analisar, descrever e comparar resultados de laudos da angioTC, do Ecodoppler convencional e após a infusão do CMB no seguimento dos pacientes com aneurismas complexos da aorta e submetidos ao EVAR com endopróteses ramificadas.
Metodologia
análise retrospectiva de exames com CMB e angioTC de 29 pacientes submetidos ao EVAR com endoprótese ramificada em clínica privada entre Outubro de 2019 e Dezembro de 2022. Foram excluídos da amostra pacientes submetidos à técnica infrarrenal ou off-label e exame com diferença maior que 6 meses entre si.
Resultados
A comparação entre Ecodoppler e angioTC mostrou ser equivalente na aferição do diâmetro da dilatação aneurismática residual em 79,3% dos casos. Na avaliação do stent-ponte utilizado foi observado que a maior parte foi do tipo expandido por balão no TC (96,2%) e na AMS (86,8%). Diferente das artérias renais onde a maioria foi do tipo auto-expansivel com ARD (58,7%) e ARE (53,5%). Todos os ramos aórticos e ilíacos das endopróteses estavam pérvios. Dos ramos viscerais e renais da endoprótese (stent-ponte) tanto o Ecodoppler com e sem CMB quanto a angioTC detectaram perviedade total de 93,96%. Contudo, o Ecodoppler pôde detectar 2 estenoses significativas que não foram evidenciadas na angioTC. Na avaliação dos endoleaks, o Ecodoppler sem CMB identificou 12 endoleaks, a angioTC 11 endoleaks e o exame com CMB detectou 18 pacientes com endoleaks. Nesta amostra, a sensibilidade da angioTC foi de 61,1% para detecção de endoleaks. Considerando o CMB como padrão de referência, observou-se uma sensibilidade do CMB 38,9% maior que o da angioTC na detecção de endoleaks. Ambos exames obtiveram especificidade de 100%.
Conclusão
O Ecodoppler associado ao CMB se constitui uma alternativa viável no acompanhamento de pacientes submetidos ao EVAR com endoprótese ramificada, pois não utiliza radiação ionizante ou contraste iodado e apresenta sensibilidade significativamente maior que a angioTC na detecção de endoleak. Além de apresentar menor custo financeiro.
Referências
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Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9045535/. Acesso
em: 24 set. 2023.
Área
Geral
Autores
LORENZO TAZIOLI ENGELBRECHT ZANTUT, RAFAEL NARCISO FRANKLIN, PIERRE GALVAGNI SILVEIRA, GILBERTO DO NASCIMENTO GALEGO, CRISTIANO TORRES BORTOLUZZI